tag:blogger.com,1999:blog-61477634395410984892024-02-19T03:43:55.963-04:00Opiniões do Cotidiano PolíticoPalpites sobre os acontecimentos políticos do passado e presente.Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-61335153774328214592019-01-23T10:48:00.001-04:002019-01-23T10:50:42.901-04:00Abdicação do trono da infelicidade<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUdlNhKqSUdjhIxmq4gV1uoi2qu6XCBx-PIPkcuSAVIoEkASxv_JbqQrXwE8wU87XwCPKNsNnZpwYz4KSTwD7OcDhRDKsCcfk2QI1eIwHKAdV881PtxyCSMRFXwlyc3Sn5syx798m88JI/s1600/81367a917a54a0aaa1dbddfaf1970418.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="635" data-original-width="517" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUdlNhKqSUdjhIxmq4gV1uoi2qu6XCBx-PIPkcuSAVIoEkASxv_JbqQrXwE8wU87XwCPKNsNnZpwYz4KSTwD7OcDhRDKsCcfk2QI1eIwHKAdV881PtxyCSMRFXwlyc3Sn5syx798m88JI/s400/81367a917a54a0aaa1dbddfaf1970418.jpg" width="325" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Duque e a Duquesa de Windsor pulando para o fotógrafo Philippe Halsman, 1958 (<i>Life</i>)</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Permita-me fazer uma pergunta: você preferiria casar-se com o amor da sua vida ou se tornar rei do maior império de toda a história humana?</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Essa pergunta foi feita a Edward VIII, quando, após a morte de seu pai, ascendeu ao trono britânico. O dilema foi criado quando o novo rei informou que tinha interesse em casar-se com a americana Wallis Simpson assim que fosse ratificado o segundo divórcio dela. Imagina, na conservadora Bretanha da década de 1930 a rainha seria uma “bi-divorciada”! Era algo inaceitável!</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Instaurada uma crise constitucional, o rei convocou então o primeiro-ministro da época e informou que abdicaria se não pudesse se casar com Wallis. O chefe do governo, então, apresentou três opções a Edward: desistir, casar-se e contrariar os dogmas da Igreja Anglicana ou abdicar.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Com o avanço da tensão e temendo a recusa do Parlamento em coroar-lhe rei, decidiu na noite de 11 de dezembro de 1936 fazer um pronunciamento ao império, explicando sua decisão de abdicar. Nessa transmissão, ele diria a famosa frase: “Eu achei impossível carregar o pesado fardo da responsabilidade e cumprir meus deveres como rei, como eu gostaria de fazer, sem a ajuda e o apoio da mulher que eu amo”.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Após, casou-se com Wallis e tornaram-se Duque e Duquesa de Windsor e aparentemente viveram bem o resto da vida. Subiu ao trono, então, o irmão mais velho do ex-rei, George VI, que era gago e pai da atual rainha Elizabeth II.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Independentemente da pessoa de Edward VIII, que por sinal teve uma vida marcada por episódios polêmicos e posições de simpatia ao nazifascismo, é inegável que ele tomou uma decisão nobre, ao deixar a vaidade e o ego de lados para se juntar a mulher que mais amava. Edward não abriu mão de uma herança ou algo do gênero, mas sim de ser monarca do maior império já visto pela humanidade.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Para alguns foi o “idiota do século” mas ninguém melhor do que ele próprio poderia ter tomado tal atitude, por mais besta que possa ter sido. Sabia ele que nada adiantaria a vida na corte se no interior de seu peito pairava solidão e angústia por não ter feito o que seu coração mandava.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">É quase impossível que nos deparemos em algum momento de nossa vida plebeia a um dilema igual a esse, todavia, em alguns momentos somos surpreendidos por situações que exigem de nós uma resposta tão difícil quanto a dessa história real.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">O que podemos tirar desse fato é que não temos de seguir sempre a vontade dos outros em detrimento de nossa própria felicidade. Essa mania que infelizmente existe só causa insatisfação e inveja no mundo. Se uma pessoa desistiu de ser rei para buscar a própria felicidade, por que nós não poderíamos também?</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Só você mesmo pode decidir por você. Não ligue para as imposições externas. Trave um diálogo com sua consciência e decida seu futuro. A felicidade não é uma coroa para os outros apreciarem mas um diamante bruto que só nós podemos ver, pois se encontra em nosso coração.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Abdique do trono da infelicidade e vá em busca do que lhe faz feliz!</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">*Este artigo foi originalmente publicado no perfil do autor no <i>Facebook </i>em 24 de fevereiro de 2016.</span>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-62869191281395826452013-04-14T19:03:00.002-04:002013-04-14T21:45:18.001-04:00O desprezo da presidente pela Dama<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc4rQzjHOyU7rCvzJ5iSxTQC7WK1lVZf4iJVcwIXHM2RQspzVa0Ni-z5gPgRL8aX5Pm27ZcrmOXNYG7bxCM_8FS1PXBtGaZuduA8VsA7jUxD5L-bzmTLZb_aGfw-iYZe15zkZfNBEeFs8/s1600/that3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc4rQzjHOyU7rCvzJ5iSxTQC7WK1lVZf4iJVcwIXHM2RQspzVa0Ni-z5gPgRL8aX5Pm27ZcrmOXNYG7bxCM_8FS1PXBtGaZuduA8VsA7jUxD5L-bzmTLZb_aGfw-iYZe15zkZfNBEeFs8/s320/that3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Thatcher ficou famosa por comandar com mãos de ferro mudanças no Reino Unido que tirariam o país de uma grave crise política e financeira <i>(Life)</i> </td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Enquanto líderes mundiais lamentavam com longas e
sinceras palavras o falecimento da Dama de Ferro, Margaret Thatcher, ilustre
mulher e política do século XX, no Brasil a postura de nossa chefe de Estado foi
na direção contrária. Dispensada nota de pesar como a que foi dada a Hugo Chávez,
nossa presidente mandou que a Secretaria de Imprensa da Presidência da
República divulgasse simples e curta nota dizendo que “ao tomar conhecimento
hoje da noticia do falecimento de Margaret Thatcher, a presidenta Dilma
Rousseff lamentou a morte da primeira-ministra”.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tal postura é totalmente impertinente e surreal em
um país cuja presidenta formou o governo com o maior número de ministras da
história e, falando em presidenta, mudou até regras gramaticais quando
sancionou lei determinando o emprego obrigatório da flexão de gênero em
documentos públicos para que fosse chamada de “presidenta” - a fim de dar um
toque mais feminino ao cargo historicamente ocupado só por homens.</span></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Todavia, o comportamento visto demonstra que antes
mesmo de se ligar com a causa feminina, Dilma é apegada à ideologia. Como
Margaret Thatcher foi uma exímia defensora do pensamento liberal e árdua
combatente do Estado de bem-estar social, o seu receituário entre em conflito
direto com o pensamento que o PT tenta implantar no Brasil, e seria totalmente
contra o ideal histórico do partido reconhecer o mérito da britânica.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Durante seus anos como Primeira-ministra, entre 1979
e 1990, dispensou tratamento diferenciado pelo fato de ser do sexo feminino e
escolheu os membros de seu Governo pela simples capacidade e jamais por
questões sexuais. Prova disso é que em 11 anos e meio como <i>premier,</i> teve apenas uma mulher como ministra - Lynda Chalker, que
serviu nas pastas dos Assuntos Europeus, entre 1986-89, e do Desenvolvimento
Ultramarino, nos anos1989-90.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No âmbito econômico privatizou tudo o que era
estatal e dava prejuízo. Foram vendidas para a iniciativa privada diversas
empresas, entre as quais vale destacar a <i>British
Airways, Rolls-Royce </i>e<i> British
Petroleum</i>. Ao deixar o governo, deixou um legado de eficiência permitindo a
economia inglesa ser mais flexível e estável, graças a suas medidas duras que
geraram excelentes resultados no longo prazo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Já no âmbito internacional, defendeu vigorosamente
uma aliança política estratégica com o então presidente americano Ronald Reagan.
Juntos minaram o poderio da União Soviética com uma forte batalha ideológica e
econômica o que levou anos depois ao fim da Guerra Fria. Contudo, o maior desafio
da Dama de Ferro foi a guerra com a Argentina pelas Ilhas Malvinas, o que
resultou na permanência britânica na região.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Independentemente da visão política é necessário analisar
os principais legados deixados por Thatcher no Reino Unido e reconhecer o bem
que ela fez ao seu povo e ao mundo na “revolução neoconservadora, que reverteu
os excessos estatizantes e recalibrou o papel do livre mercado como o motor
mais possante para a economia”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Falta então mais humildade e menos pragmatismo
político a nossa presidente que deveria analisar o valor </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">histórico de Margaret
Thatcher no lugar de se prender a amarras ideológicas típicas da era em que a baronesa viveu – a da Guerra Fria. Afinal, mulheres no poder são raras, porém
mais raras ainda são aquelas que com poder se tornam grandes em espírito e
ações como Lady Thatcher foi.</span></div>
Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-31347873553157806292013-03-03T22:08:00.003-04:002013-03-03T22:29:14.859-04:00Sine panem in circus<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheUxx8TjZVnmpcI_YdwfiAUUzc8fw8fzkQYWR79tQlDkpv2Tlw82vTCJo2nVfMDt_o4WhEuM1PTTsX6-tSDhCrK2MnPjURPCNgsMmLC-gNhLsoUWqdxpFDAwzuMD7pW3yqnGwLiiITXRo/s1600/natochannel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheUxx8TjZVnmpcI_YdwfiAUUzc8fw8fzkQYWR79tQlDkpv2Tlw82vTCJo2nVfMDt_o4WhEuM1PTTsX6-tSDhCrK2MnPjURPCNgsMmLC-gNhLsoUWqdxpFDAwzuMD7pW3yqnGwLiiITXRo/s400/natochannel.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O primeiro-ministro demissionário Mario Monti em visita surpresa às forças italianas no Afeganistão <span style="font-style: italic;">(NATOchannel)</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao assumir o governo italiano em novembro de 2011,
Mario Monti se deparou com uma maldita herança de seu antecessor Silvio
Berlusconi. Depois de três anos e meio como primeiro-ministro, Berlusconi
entregou um país em colapso – dívida pública de 1,9 trilhão de euros (121% do
PIB), altos índices de corrupção e frequentes escândalos sexuais envolvendo altos políticos como o próprio premier.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pela descrença generalizada nos políticos, o
professor Monti foi convidado a assumir a chefia de governo por ser tido como o
único capaz de implementar as duras políticas de austeridade que a Itália tanto
necessitava. Com o apoio no parlamento dos maiores partidos do país, o
economista formou um governo técnico que durante treze meses conduziu reformas
estruturais que aliviaram as finanças italianas e restauraram a credibilidade
do país perante os mercados.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Suas medidas ortodoxas, contudo, por mais que tenham
alcançado os objetivos esperados, trouxeram aumento de impostos, desemprego
e recessão. Por essas consequências impopulares, o governo foi aos poucos se desgastando perante os políticos e a opinião pública, forçando a renúncia do gabinete Monti, o que de fato aconteceu em dezembro do ano passado.</span><o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ouvindo todos os partidos do país, o presidente Giorgio
Napolitano marcou as eleições gerais para os dias 24 e 25 de fevereiro para que
fossem preenchidas as 617 cadeiras da Câmara dos Deputados e as 315 do Senado
da República. Formaram-se então quatro grandes coligações com as mais diversas
ideologias. O ex-comunista Pier Luigi Bersani liderou os partidos de
centro-esquerda; Silvio Berlusconi se uniu a centro-direita; Mario Monti comandou
os independentes e tecnocratas; e o comediante Beppe Grillo formou um grupo dos
descontentes com a política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Passado o
pleito, confirmou-se o temor dos mercados internacionais e das lideranças
europeias: impasse eleitoral na Itália. A centro-esquerda de Bersani conseguiu
maioria na Câmara, porém, o Senado se dividiu. Com essa sensação de desgoverno,
várias teses são defendidas, inclusive a de formação de um “governo de minoria”,
uma vez que nenhuma das coalizões do circo político italiano entra em consenso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Independente do que decidam os políticos, o próximo
governo italiano deverá pelo bem do próprio país, seguir fielmente o
receituário de Mario Monti. O próximo gabinete terá pela frente novos desafios
que giram em torno principalmente do crescimento econômico, reforma tributária
e dívida pública.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Porém, caso o novo primeiro-ministro ignore as
reformas draconianas do antecessor, recriando programas populistas e altamente
deficitários da era pré-Monti</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">, veremos a volta de uma antiga política romana, contudo, com cada
vez mais circo [na política] e menos pão [na mesa]. </span></div>
Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-41014248543739621772012-08-05T21:26:00.001-04:002012-08-06T13:50:23.187-04:00O cara da conciliação<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://veja.abril.com.br/especiais/regime_militar/galerias/figueiredo/imagens/Figueiredo_Tancredo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="263" src="http://veja.abril.com.br/especiais/regime_militar/galerias/figueiredo/imagens/Figueiredo_Tancredo.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O então presidente João Figueiredo visita Minas Gerais acompanhado pelo governador oposicionista Tancredo Neves <i>(Arquivo Veja)</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Quando se
fala em conciliação na política, logo se lembra do <i>Gabinete da Conciliação</i> do Marquês do
Paraná durante o Segundo Reinado. Esse ministério que perdurou de 1853 a 1856,
pode ser encaixado no sentido <i>stricto sensu</i> de conciliação, uma vez que só
manteve uma paz interpartidária, continuando a haver um grande conflito social
e econômico no país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se precisarmos
de um exemplo de pessoa que fez uma conciliação no sentido amplo, logo virá a
figura do político mineiro Tancredo Neves, que foi vereador, deputado, senador,
governador, primeiro-ministro e por último presidente da República eleito.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nas
palavras do presidente João Figueiredo (1979-85), “Tancredo não era de nada.
Nunca realizou coisa nenhuma. Só fez politicagem em Minas”. Por mais que
tal afirmação possa parecer grosseira, o presidente Figueiredo não estava
errado. De fato, Tancredo Neves não deixou nenhum legado físico, uma vez que
era político simpático a acordos e sempre chamado nas horas de crise a fim de
manter a paz e a tranquilidade onde houvesse conflito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em dois
momentos importantes de nossa história, um na década de 1960 e outro nos anos
80, o político mineiro foi convocado para agir em nome da pacificação nacional
. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No
primeiro momento, o Brasil sofria uma grave crise institucional provocada pela
renúncia do então presidente Jânio Quadros. O vice-presidente, João Goulart,
constitucionalmente o próximo na linha sucessória, estava em visita à China e
não era simpatizado pelas Forças Armadas, as quais o acusavam de
comunismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tancredo
então sugeriu a mudança do sistema de governo para o Parlamentarismo – a qual
foi aprovada – e se tornou chefe de governo do Brasil logo em seguida, com o
título de primeiro-ministro. Com tal função logrou êxito parcial na sua meta
para pacificar os ânimos políticos nacionais, contudo, foi obrigado a
renunciar, junto com seu gabinete, para poder se candidatar à eleição
legislativa de 1962, a qual acabou sendo reeleito deputado federal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vindo o
Regime Militar de 1964, Tancredo que era oriundo das fileiras do centrista PSD,
e fiel defensor das ações de Getúlio Vargas, logo pulou para a oposição
consentida do MDB. Nesse período evitou criar atritos com o governo militar e
fez parte da ala moderada do MDB não se negando, inclusive, ao diálogo com as
forças situacionistas pró-militares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1984,
já como governador de Minas Gerais, participou ativamente das negociações pela
redemocratização do Brasil. Inicialmente apoiou as <i>Diretas Já</i>, contudo, após o
movimento não conseguir êxito, se tornou membro ativo das articulações
políticas pela vitória oposicionista no Colégio Eleitoral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pela sua
postura conciliatória, o PMDB o fez candidato a eleição presidencial de 1985,
contra o candidato Paulo Maluf, que era apoiado pelo setor militar. Tancredo
logo conseguiu formar uma aliança formada por diversos grupos políticos, desde
os esquerdistas do PDT até os dissidentes do PDS, partido governista apoiador
dos militares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa
união com o PDS foi decisiva para por fim aos 20 anos de ciclo militar, uma vez
que como o PMDB estava em minoria no Colégio Eleitoral, precisava de votos do
partido governista para conseguir eleger o presidente da República. Os
rebelados do PDS criaram uma ala dentro do partido chamada <i>Frente Liberal,</i> que
viria a ser o embrião do PFL (hoje DEM), e junto com o PMDB, formou a <i>Aliança
Democrática</i>, a qual levou Tancredo Neves a Presidência da República com 72% dos
votos válidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Após sua
eleição, não houve qualquer movimento militar para evitar a investidura de
Tancredo, uma vez que ele possuía prestígio e confiança dos chefes militares. O
seu equilíbrio e moderação foram mais uma vez provados quando da união de
moderados da direita e da esquerda no seu ministério, e quando do
comprometimento em impedir o revanchismo que tanto temiam as Forças Armadas.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como
todos já sabem, Tancredo não assumiu o governo da República porque adoeceu na
véspera da posse, cabendo então ao seu vice José Sarney comandar o Brasil até
1990. Todavia, o importante de se analisar é o legado deixado pelo estadista
mineiro. Ele não será lembrado jamais por uma obra ou monumento físico erguido,
mas sim pela grande característica conciliatória que o seguiu por toda a vida.
Sua participação na política nacional não só manteve a paz política, mas também
a social, econômica e principalmente a militar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-74378474431031129622012-07-29T15:54:00.000-04:002012-07-30T10:28:27.751-04:00Vive la France?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://en.mercopress.com/data/cache/noticias/37047/0x0/hollande-salute.jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="137" src="http://en.mercopress.com/data/cache/noticias/37047/0x0/hollande-salute.jpg.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white;">François Hollande durante cerimônia do 14 de julho </span><i style="background-color: white;">(MercoPress)</i></span></div>
<i><br /></i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Em 2 meses e 14 dias no poder, o presidente francês, François Hollande, tem passado por uma série de acertos e derrotas durante sua administração que somadas levaram a sua popularidade cair cinco pontos em julho.<br />
<br />
No aspecto político, o líder socialista tem conseguido aprovar decisões bastantes populares. Graças à nomeação de Jean-Marc Ayrault como primeiro-ministro, devido a maioria socialista na Assembleia Nacional, as relações com a Alemanha foram intensificadas, aprovou-se a saída das tropas francesas do Afeganistão e foi anunciado um projeto de aprovação do casamento gay na França.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Contudo, no campo da economia, o mandatário francês só tem presenciado sucessivas derrotas. O PIB ficou estagnado nesse primeiro semestre e promete crescer míseros 0,3% em 2012; e o desemprego está na casa dos 10%, maior em 12 anos.<br />
<br />
Procurando cortar o déficit público que hoje chega a 5,2% do PIB, Hollande pôs em prática uma série de aumentos de impostos no valor de 7,2 bilhões de euros, incluindo um imposto pesado sobre a renda das famílias e grandes corporações. Nem mesmo o atacante sueco Ibrahimovic se safou do aumento da alíquota do imposto de renda para 75%.<br />
<br />
O símbolo da crise que enfrenta a França nos dias de hoje é a gigante de automóvel Peugeot. Ele teve prejuízos de 800 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano e anunciou um “plano social” a fim de reduzir em 8 mil os postos de trabalho em todo o país.<br />
<br />
Com esse cenário apocalíptico que pelas previsões não cessará tão cedo, espera-se que o mais cedo possível a França, juntamente com toda a Europa, saia dessa situação triste e lamentável de recessão e desemprego. Que esse pesadelo passe e que possamos gritar vive la France!<br />
<div>
<br /></div>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-31293069197151562502012-06-17T23:03:00.002-04:002012-07-03T12:21:59.270-04:00O futuro incerto de Merkel<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://img0.rtp.pt/icm//thumb/phpThumb.php?src=/noticias/images/57/5751b865a918854439cf9d8e269fbfe2&w=385&sx=1&sy=0&sw=384&sh=269&q=75&w=620" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="http://img0.rtp.pt/icm//thumb/phpThumb.php?src=/noticias/images/57/5751b865a918854439cf9d8e269fbfe2&w=385&sx=1&sy=0&sw=384&sh=269&q=75&w=620" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Após queda de Sarkozy, seria Angela Merkel a próxima líder europeia a cair? <i>(Mihai Barbu/EPA)</i></td></tr>
</tbody></table>
Primeiro, o seu maior aliado externo não consegue se reeleger; depois, ela sofre uma derrota amarga numa eleição regional no próprio país. Esses acontecimentos em 2012 somados com a grave crise econômica que vive a União Europeia só fazem ficar mais amargo o futuro político da chanceler da Alemanha Angela Merkel.<br />
<br />
A chefe de governo alemã tem o futuro da Europa nas mãos. Como maior credor do continente, a Alemanha tem o poder de resolver a crise da dívida governamental na zona do Euro. Como gigante econômico da Europa, é ela quem determina as direções da União Europeia, contudo uma série de acontecimento fizeram do que parecia um jogo fácil, uma grande armadilha que pode custar muito caro para ela.<br />
<br />
<a name='more'></a>Por mais que tenha nascido na então Alemanha Ocidental numa família de pai pastor luterano e mãe professora, Merkel viveu e cresceu na Alemanha Oriental, onde se formou em Química e começou as atividades políticas.<br />
<br />
Com a reunificação da Alemanha, foi apadrinhada pelo então chanceler Helmud Kohl, da CDU (União Democrata-Cristã), e assumiu já em 1991 um ministério. Com a queda de Kohl e a ascensão do SPD (Partido Social-Democrata), se tornou líder da oposição, até que em 2005 ganhou as eleições e se tornou a primeira mulher chefe de governo da Alemanha.<br />
<br />
Desde que assumiu o poder, Angela Merkel sempre manteve uma relação de muita proximidade com o então líder francês Nicolas Sarkozy, tanto que a imprensa costumava chamar o casal de <i>Merkozy</i>,já que ambos concordavam em quase tudo.<br />
<br />
Com o endurecimento da crise econômica europeia, a partir de 2010, a boa relação de<i> Merkozy</i> foi decisiva no combate ao déficit orçamentário e na aplicação de medidas de austeridade no bloco europeu. Em suma, tanto Merkel quanto Sarkozy apoiaram a decisão de cortar gastos a fim de combater as dívida pública, contudo a consequência imediata foi a queda generalizada dos PIBs europeus e o início de uma recessão profunda.<br />
<br />
Por ter estado em prática durante o ano eleitoral francês, a política de austeridade, por mais que seja a melhor escolha, segundo os economistas, afetou em cheio a popularidade de Sarkozy, permitindo a vitória de François Hollande, de ideias totalmente opostas as de Merkel.<br />
<br />
Hollande promete complicar a vida da União Europeia ainda mais. Ele considera que já houve cortes orçamentários e austeridade demais na Europa, e que é preciso investir para retomar o desenvolvimento. Por isso, defende a gastança do Estado, a fim de estimular o crescimento do PIB e tentar tirar a Europa do “buraco”.<br />
<br />
Essa ideia de que os governos deveriam aplicar grandes remessas de capital na realização de investimentos para aquecer a economia é muito incentivada pela teoria Keynesiana, todavia, é quase impossível porque os países europeus estão sem dinheiro, pois não absorveram "gorduras" razoáveis durante os momentos de crescimento pós-Guerra Fria, e há um enorme controle da emissão de Euro por parte do Banco Central Europeu, evitando assim aumento da Inflação.<br />
<br />
Até agora, um consenso entre França e Alemanha não aconteceu, mas enquanto se pensa em uma melhor estratégia para salvar a União Europeia da falência, sinais de desgaste político de Angela Merkel começam a aparecer na Alemanha.<br />
<br />
As medidas impopulares de cortes de gastos foram decisivas na derrota do partido de Merkel para a oposição no estado da <i>Renânia do Norte-Westfália</i>. Segundo os dados oficiais, o SPD obeteve 39,1% dos votos, enquanto o CDU só conseguiu 26,3%. Esse estado da Alemanha é o mais povoado do país com 18 milhões de habitantes, e conta com cidades como Colônia e Dusseldorf. Por abrigar cidades industriais e populosas, as eleições regionais na <i>Renânia do Norte-Westfália</i> é considerada uma prévia da eleição geral que ocorrerá em outubro de 2013.<br />
<br />
As pesquisas apontam para um empate entre SPD e CDU na preferência dos eleitores para a eleição geral do ano que vem, contudo, se a situação europeia continuar preocupante, tensa e sem previsão de crescimento, a tendência será a queda do governo de Merkel, assim como aconteceu com o de Sarkozy na França, Zapatero na Espanha, e Sócrates em Portugal.<br />
<div>
<br /></div>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-3354615653322429742012-06-11T21:27:00.001-04:002012-06-11T21:27:04.999-04:00Democratas, Republicanos e seus símbolos<br />
Em novembro haverá eleição presidencial nos Estados Unidos, levando ao combate os dois maiores partidos do país, o Democrata e o Republicano, simbolizados respectivamente por um burro e um elefante. Esses símbolos se popularizaram através de charges políticas, principalmente de grandes cartunistas do século XIX, como Thomas Nast, pai da charge política americana.<br />
<br />
Para melhor explicar o uso desses animais como símbolos dos partidos americanos, explanarei duas charges de Nast, uma chamada<i> Um burro vivo chutando um leão morto</i> (1870), sobre a origem do burrico democrata, e outra <i>O pânico do terceiro mandato</i> (1874), para explicar o uso do elefante como símbolo dos republicanos:<br />
<div style="text-align: center;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Um burro vivo chutando um leão morto</span></b>
</div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7YEwaUM_nuCawTCpMDZjjgByAGz3mkIcgEBhEyNxgmJInbwdbWKo_InlNxtIWn6HWDQVFx-AyyhM5_Y6SQK9CFDu6zx0zdLNR7J7CzFsbEuKBqJWmE7QGFwLqI0hj4DAmuSc6FhYYq0M/s1600/burro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7YEwaUM_nuCawTCpMDZjjgByAGz3mkIcgEBhEyNxgmJInbwdbWKo_InlNxtIWn6HWDQVFx-AyyhM5_Y6SQK9CFDu6zx0zdLNR7J7CzFsbEuKBqJWmE7QGFwLqI0hj4DAmuSc6FhYYq0M/s320/burro.jpg" width="291" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>Texto:</b> “Um burro vivo chutando um leão morto. E que Leão! E que Burro!” </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>Explicação: </b>Nesta charge de Thomas Nast, publicada no <i>Harper’s Weekly</i> em 15 de janeiro de 1870, há em segundo plano uma águia negra, representando a dominação federal pós-guerra nos estados sulistas, e o Capitólio, sede do Poder Legislativo dos Estados Unidos, contudo, em destaque há um burro coiceando um leão morto.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O burro está representando a <i>Copperhead Press</i>, imprensa dos democratas nortistas contrários à Guerra Civil. Por exigirem uma rápida trégua com os confederados, os republicanos apelidaram seus rivais de <i>copperhead</i> (cabeça de cobre), cobra venenosa muito perigosa que ataca sem aviso prévio. O leão morto, do outro lado, ilustra Edwin M. Stanton, secretário da Guerra de Abraham Lincoln, que durante a Guerra Civil atacou ferozmente a ala democrata “pacifista” contrária ao conflito “Norte x Sul”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Após a morte de Stanton, dias antes da publicação desta charge, a imprensa ligada aos<i> copperhead </i>publicou diversos artigos atacando a memória do ex-secretário de Lincoln. Como resposta, Nast fez esta charge defendendo os feitos de Edwin Stanton e sugerindo uma ideia totalmente contrária do velho provérbio de Elizabeth Cleghorn Gaskell; “um burro vivo é melhor do que um leão morto”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Anos antes da publicação deste desenho, o animal já havia sido usado com o mesmo objetivo. Na eleição de 1828 os oposicionistas frequentemente associavam o então candidato democrata, Andrew Jackson, com um burro, tentando associar sua imagem com a tolice, a burrice e o atraso. Após ganhar a eleição, Jackson decidiu então adotar o burro como seu símbolo, dizendo que o animal era forte, honesto, trabalhador e humilde, assim como ele.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: -webkit-auto;"><b><span style="font-size: large;">O pânico do terceiro mandato</span></b></span>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifuXgi8qEuqxUfzytHDy4HjOAB_eU54G9TnKi_2mBpBBWp10SzWN4H-6QSyUDBcXFL_apLxaltJZzY4sDh0MLWlL5Tvbfzki26gyW9QHrYWfEziXCZ6fB2sfpZPUHtD7YVDXSBADVR8Z4/s1600/elefante.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifuXgi8qEuqxUfzytHDy4HjOAB_eU54G9TnKi_2mBpBBWp10SzWN4H-6QSyUDBcXFL_apLxaltJZzY4sDh0MLWlL5Tvbfzki26gyW9QHrYWfEziXCZ6fB2sfpZPUHtD7YVDXSBADVR8Z4/s400/elefante.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>Texto:</b> “Um Asno, ao colocar sobre seu dorso uma pele de Leão, vagava pela floresta divertindo-se com o pavor que causava aos animais que ia encontrando pelo seu caminho.” - Shakespeare ou Bacon</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>Explicação:</b> Esta charge foi uma resposta a uma série de editoriais do<i> New York Herald</i> criticando o desejo do então presidente Ulysses S. Grant de concorrer a um terceiro mandato, pois se considerava um ato de “Cesarismo” – tentativa ditatorial a fim de se conseguir poderes ilimitados.</div>
<div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A cena e o texto da charge são inspirados na fábula de Esopo <i>O Asno em Pele de Leão</i>, e a citação “Shakespeare ou Bacon” é uma sátira a um artigo do<i> New York Herald</i> que afirmara que todos os textos de Shakespeare foram escritos por Francis Bacon.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Na charge, o <i>New York Herald</i> é representado por um burro sob a pele de leão, cuja ferocidade parece assustar os animais da imprensa , como o unicórnio (<i>The New York Times</i>), girafa (<i>New York Tribune</i>) e a coruja (<i>New York World</i>). Uma raposa nervosa, representando o Partido Democrata, está à beira da tábua <i>reforma</i> perto do buraco do <i>caos das reivindicações sulistas</i>, aonde o elefante, representado o voto dos republicanos, aparenta estar indo.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Como as pesquisas davam como certa a vitória dos democratas, o que de fato acabou acontecendo, Nast desenhou, as pernas dianteiras do elefante mais dentro do buraco do que as traseiras, os gansos <i>Ohio</i> e <i>Indiana</i> eufóricos com a vitória democrata nestes estados importantes, e o avestruz com a cabeça fincada na terra ilustrando os republicanos “sóbrios” que forma mais seletivos em relação aos próprios candidatos em Nova York. </div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<div>
Essa charge de 1874 é uma das mais importantes de Thomas Nast porque marca a primeira aparição impactante do elefante republicano. O cartunista buscou usar periodicamente elefante como símbolo do Partido Republicano porque, segundo os democratas, o animal representava a pomposidade, arrogância e bobeira dos adversário. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Contudo, o animal já havia sido usado duas vezes antes como símbolo do partido, uma durante folhetos da campanha de Abraham Lincoln em 1864, IMAGEM FATHER ABRAHAM, e outra numa charge do <i>Harper’s Weekly </i>para representar os republicanos liberais de 1872, contudo, nenhuma das duas caricaturas teve um repercussão tão grande na mídia e no meio político como a de Nast.</div>
<div>
<br />
Anos após as primeiras charges de Nast e incentivados por ele, finalmente os republicanos decidiram adotar o elefante como símbolo do partido, alegando então que o animal é forte e digno, contrariando a ideia dos democratas sobre o bicho. </div>
<div>
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-19174162481758063642012-06-07T00:04:00.002-04:002012-06-11T20:54:58.722-04:00Napoleão e os judeus<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/Napoleon_stellt_den_israelitsichen_Kult_wieder_her,_30._Mai_1806.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="286" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/Napoleon_stellt_den_israelitsichen_Kult_wieder_her,_30._Mai_1806.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Napoleão Bonaparte restaurando o Judaísmo na França (Bibliotèque Nationale, Paris)</td></tr>
</tbody></table>
Há 206 anos, em junho de 1806, Napoleão Bonaparte reunia em Paris rabinos e eruditos vindos de toda a França. Tinha por objetivo criar as bases de um novo relacionamento entre seu país e os judeus.<br />
<br />
Escolheu para o conclave o nome de "Assembleia dos Judeus Notáveis". Ele queria que a Assembleia respondesse doze perguntas específicas sobre as atitudes dos judeus perante a França, no intuito de constatar qualquer conflito porventura existente entre a legislação cívico-francesa e a religioso-judaica e preservar a emancipação adquirida em 1791.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a>Satisfeito com as respostas, Napoleão quis, então, que fossem aceitas por todos os judeus como lei e, para tanto, estava determinado a criar um instrumento. Além do mais, há tempos, o Imperador queria deslumbrar os judeus da França com sua benevolência, conquistando sua total lealdade. Em agosto de 1806, decreta a convocação de um "corpo legislativo judaico", ao qual chamou de Sinédrio (Sanhedrin), com objetivo de endossar as respostas da Assembleia dos Notáveis.<br />
<span style="text-align: left;"><br /></span><br />
<span style="text-align: left;">Em consequência do endossamento por parte do Sinédrio, Napoleão começou a baixar uma onda de leis emancipadoras aos judeus. Em 1807 organizou o culto judaico e nomeou o Judaísmo como religião oficial da França, ao lado do Catolicismo e do Protestantismo. Em 1808 regularizou o estado civil dos judeus, obrigando-os a possuir sobrenome.</span><br />
<br />
Por mais que tenha conseguido a simpatia de todos os judeus da França com a emancipação, em 1808 Napoleão assinou uma lei, chamada de <i>décret infâme, </i>que criou certa dúvida em relação aos verdadeiros objetivos do Imperador. A lei entre outras coisas estabelecia a anistia a todos que deviam a judeus; isso causou uma colapso financeiro na comunidade judaica. O decreto de 17 de março também resgatou várias medidas do Antigo Regime em relação ao modo que os judeus podiam viver, voltando a segregá-los.<br />
<br />
Felizmente o <i>décret infâme </i>foi abolido em 1818 e finalmente os judeus da França puderam viver em tranquilidade com direitos e deveres garantidos por lei como qualquer outro cidadão do país.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>RESPOSTAS DA ASSEMBLEIA DOS JUDEUS NOTÁVEIS A NAPOLEÃO BONAPARTE </b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<b>Primeira Pergunta: É lícito aos judeus casar com várias esposas?</b></div>
<div style="text-align: left;">
Resposta: Não é lícito aos judeus casar com mais de uma esposa. Em todos os países europeus eles seguem a prática geral casando com apenas uma. Moisés não ordena expressamente tomar várias, mas ele não o proíbe. Ele parece até adotar esse costume como em geral predominante, já que estipula os direitos de herança entre filhos de diferentes esposas. Embora essa prática ainda prevaleça no Oriente, seus antigos doutores ordenaram-lhes abster-se de ter mais de uma esposa, exceto se o homem estiver capacitado por sua fortuna para sustentar várias.</div>
<div style="text-align: left;">
No Ocidente o caso é diferente; o desejo de adotarem os costumes dos habitantes desta parte do mundo induziu os judeus a renunciar à poligamia. Mas como diversos indivíduos ainda se entregavam a tal prática, foi reunido em Worms, no século XI, um sínodo constituído por cem rabinos, com Gershom na presidência. Essa assembleia proferiu um anátema contra todo israelita que, no futuro, tivesse mais de uma esposa. Embora essa proibição não fosse durar eternamente, a influência das maneiras europeias tem predominado universalmente.</div>
<div style="text-align: left;">
Embora teoricamente permissível, a poligamia era desestimulada pelos sábios do Talmud e foi explicitamente proibida entre os judeus asquenazim por uma proscrição popularmente atribuída ao Rabi (Rabbenu) Gershom ben Jehuda (960-1028), erudito talmúdico e líder espiritual alemão.</div>
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<b><br /></b><br />
<b>Segunda Pergunta: A religião judaica permite o divórcio? E é o divórcio válido quando não proferido por tribunais e em virtude de leis em contradição com o Código francês?</b></div>
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Resposta: O repúdio é permitido pela lei de Moisés; mas não é válido se não for previamente decidido pelo código francês. Aos olhos de todo israelita, sem exceção, a submissão ao príncipe é a primeira das obrigações. É um princípio comumente reconhecido entre eles que, em tudo relacionado a interesses civis ou políticos, a lei do Estado é a lei suprema. Antes de serem admitidos na França para compartilhar os direitos de todos os cidadãos, e quando viviam sob uma legislação particular que lhes dava liberdade de seguir seus costumes religiosos, eles tinham a possibilidade de se divorciar de suas esposas; mas era extremamente raro ver isso posto em prática. Desde a revolução eles não reconheceram quaisquer outras leis sobre esse tópico a não ser as do Império. Quando foram admitidos à categoria de cidadãos, os rabinos e os judeus principais compareceram perante as municipalidades de seus respectivos lugares de residência, e prestaram um juramento de em tudo se ater às leis, e não reconhecer quaisquer outras regras em todas as questões civis (...). </div>
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<br /></div>
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<b>Terceira Pergunta: Pode uma judia casar com um cristão, ou uma mulher cristã com um judeu? Ou a lei só permite que os judeus se casem entre si?</b></div>
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Resposta: A lei não diz que uma judia não pode casar com um cristão, nem que um judeu não pode casar com uma mulher cristã, e tampouco afirma que os judeus só podem casar entre si. Os únicos casamentos expressamente proibidos pela lei são com as sete nações cananeias, com Amon e Moab, e com os egípcios. A proibição é absoluta em relação às sete nações cananeias; quanto a Amon e Moab, restringe-se, segundo muitos talmudistas, aos homens dessas nações, e não se estende às mulheres; pensa-se até que estas abraçariam a religião judaica. </div>
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Quanto aos egípcios, a proibição está limitada até a terceira geração. A proibição em geral aplica-se apenas a nações idólatras. O Talmud declara formalmente que nações modernas não devem ser assim consideradas, já que adoram, como nós, o Deus do céu e da terra. E, consequentemente, tem havido, em vários períodos, casamentos mistos entre judeus e cristãos na França, na Espanha e na Alemanha: esses casamentos eram às vezes tolerados e às vezes proibidos pelas leis daqueles soberanos que haviam recebido judeus em seus domínios. Uniões dessa espécie ainda são encontradas na França; mas não podemos negar que a opinião dos rabinos seja contrária a esses casamentos. Segundo sua doutrina, muito embora a religião de Moisés não tenha proibido os judeus de se unirem por casamento com nações de outra religião, o casamento, porém, segundo o Talmud, exige cerimônias religiosas denominadas Kidushim, com a bênção usada em tais casos; e sem a realização dessas cerimônias nenhum casamento pode ser religiosamente válido. Isso não poderia ser feito com pessoas que não considerassem sagradas essas cerimônias; e nestes caso o casal poderia se separar sem o divórcio religioso; eles seriam então considerados como casados civilmente mas não religiosamente.</div>
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Tal é a opinião dos rabinos, membros desta assembleia. De um modo geral, eles não estariam mais inclinados a abençoar a união de uma judia com um cristão, ou de um judeu com uma cristã, do que os próprios padres católicos estariam dispostos a sancionar uniões dessa espécie. Os rabinos reconhecem, contudo, que um judeu que casa com uma cristã não deixa, por causa disso, de ser considerado um judeu por seus irmãos, não menos do que se tivesse casado com uma judia civilmente e não religiosamente. </div>
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<br /></div>
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<b>Quarta Pergunta: Aos olhos dos judeus, são os franceses seus irmãos, ou são estrangeiros? </b></div>
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Resposta: Aos olhos dos judeus os franceses são seus irmãos, e não são estrangeiros. O verdadeiro espírito da lei de Moisés está em harmonia com esse modo de considerar os franceses. Quando os israelitas formaram uma nação estabelecida e independente, sua lei tornou regra para eles considerar estrangeiros como irmãos.<br />
Com o mais tenro cuidado por seu bem-estar, seu legislador ordenalhes amá-los; “Amai, pois, os estrangeiros”, diz ele aos israelitas, “porque fostes estrangeiros na terra do Egito” [Deuteronômio 10:19]. Respeito e benevolência para com os estrangeiros são impostos por Moisés, não apenas como uma exortação à prática da moralidade social, mas como uma obrigação imposta pelo próprio Deus [Êxodo 22:21 e 23:9]. Uma religião cujas máximas fundamentais são tais – uma religião que torna uma obrigação amar o estrangeiro – que impõe a prática de virtudes sociais, deve certamente exigir que seus seguidores considerem seus concidadãos como irmãos. E como poderiam eles considerá-los de outro modo quando habitam a mesma terra, quando são governados e protegidos pelo mesmo governo e pelas mesmas leis? Quando gozam dos mesmos direitos e têm os mesmos deveres a cumprir? Existe, mesmo entre o judeu e o cristão, um laço que compensa abundantemente pela religião – é o laço da gratidão. Esse sentimento foi inicialmente despertado em nós pela mera concessão de tolerância. Tem aumentado, nesses dezoito anos, por novos favores do governo, a um tal grau de energia, que agora nosso destino está irrevogavelmente ligado ao destino comum de todos os franceses. Sim, a França é o nosso país, todos os franceses são nossos irmãos, e esse glorioso título, ao elevar nossa própria estima, torna-se uma segura garantia de que nunca deixaremos de ser dignos dele.</div>
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<b><br /></b><br />
<b>Quinta Pergunta: Em qualquer dos dois casos, que conduta a lei lhes determina para com os franceses que não são de sua religião? </b></div>
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Resposta: A conduta determinada para com franceses que não são de nossa religião é a mesma determinada para relações entre os próprios judeus; não admitimos nenhuma diferença, exceto a de adorar o Ser Supremo, cada um à sua própria maneira. A resposta à pergunta precedente explicou a conduta que a lei de Moisés e o Talmud determinam para com os franceses que não são de nossa religião. Na época presente, quando os judeus não formam mais um povo separado, mas gozam da vantagem de estarem incorporados à Grande Nação (privilégio esse que eles consideram uma espécie de redenção política), é impossível que um judeu trate um francês, que não seja de sua religião, de qualquer outra maneira que não aquela com que trataria um de seus irmãos israelitas. </div>
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<b><br /></b><br />
<b>Sexta Pergunta: Os judeus nascidos na França e tratados pela lei como cidadãos franceses consideram a França sua pátria? Têm eles a obrigação de defendê-la? São eles obrigados a obedecer às leis e seguir as disposições do Código Civil? </b></div>
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Resposta: Homens que adotaram um país, que nele residiram por muitas gerações – que, mesmo sob a restrição de leis específicas que reduziam seus direitos civis, estavam tão ligados a ele que preferiam ficar privados das vantagens comuns a todos os demais cidadãos do que abandoná-lo – só podem se considerar franceses na França; e eles consideram como igualmente sagrado e honroso o obrigatório dever de defender seu país.</div>
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Jeremias (capítulo 29) exorta os judeus a considerar a Babilônia como seu país, embora fosse ali permanecer apenas por setenta anos. Ele os exorta a cultivar o solo, a construir casas, a semear e a plantar. Sua recomendação foi tão bem seguida que Esdras (capítulo 2) diz que quando Ciro permitiu a eles retomar a Jerusalém para reconstruir o Templo, apenas 42.360 saíram da Babilônia, e que esse total era em sua maior parte composto de gente pobre, tendo os ricos permanecido naquela cidade. </div>
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O amor ao país é no coração do judeu um sentimento tão natural, tão poderoso, e tão de acordo com suas opiniões religiosas, que um judeu francês se considera na Inglaterra como estando entre estrangeiros, embora possa estar entre judeus; e é o mesmo caso com judeus ingleses na França. A tal nível é esse sentimento mantido entre eles que, durante a última guerra, judeus franceses foram vistos lutando desesperadamente contra outros judeus, súditos de países então em guerra contra a França. Muitos deles estão cobertos de honrosas feridas, e outros obtiveram, no campo de batalha, as nobres recompensas da bravura.</div>
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<b><br /></b><br />
<b>Sétima Pergunta: Quem nomeia os rabinos?</b></div>
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Resposta: Desde a revolução, a maioria dos chefes de família nomeia o rabino, onde quer que haja um número suficiente de judeus para manter um, após prévias inquirições quanto à moralidade e à erudição do candidato. Esse modo de eleição não é, contudo, uniforme: varia de acordo com o lugar, e, até hoje, tudo o que diz respeito à eleição de rabinos ainda se encontra num estado de incerteza. </div>
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<b><br /></b><br />
<b>Oitava Pergunta: Que jurisdição de polícia exercem os rabinos entre os judeus? Que poder judicial exercem entre eles? </b></div>
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Resposta: Os rabinos não exercem nenhum tipo de jurisdição de polícia entre os judeus. É somente na Mishná e no Talmud que a palavra Rabi é encontrada pela primeira vez aplicada a um doutor da lei; e ele comumente devia essa qualificação à sua reputação, e à opinião geral sobre sua erudição. Quando os israelitas foram totalmente dispersos, eles formaram pequenas comunidades naqueles lugares onde lhes era permitido se estabeleceram em certo número. Por vezes, nessas circunstâncias, um rabino e dois outros doutores formavam uma espécie de tribunal, chamado Beth Din, isto é, Casa de Justiça; o rabino cumpria as funções de juiz, e os outros dois eram seus assessores. As atribuições, e mesmo a existência desses tribunais, têm, até os dias de hoje, dependido sempre da vontade dos governos sob os quais os judeus têm vivido, e do grau de tolerância que têm gozado. Desde a revolução, esses tribunais rabínicos estão totalmente suprimidos na França e na Itália. Os judeus, elevados à categoria de cidadãos, ativeram-se em tudo às leis do Estado; e, consequentemente, as funções de rabinos, onde quer que estejam estabelecidos, limitam-se a pregar moralidade nos templos, abençoar casamentos, proferir divórcios etc. </div>
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<b><br /></b><br />
<b>Nona Pergunta: Essas formas de eleição, essa jurisdição de polícia judiciária são reguladas por lei ou apenas consagradas pelo costume? </b></div>
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Resposta: A resposta às perguntas precedentes torna inútil dizer muita coisa sobre esta; pode-se apenas observar que, mesmo supondo que os rabinos tivessem conservado) até hoje, algum tipo de jurisdição judicial e policial entre nós, o que não é o caso, nem tal jurisdição, nem as formas das eleições poderiam ser consideradas com sanção legal; deveriam ser atribuídas exclusivamente a costume. </div>
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<b><br /></b><br />
<b>Décima Pergunta: Existem profissões que a lei dos judeus os proíbe de exercer? </b></div>
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Resposta: Não há nenhuma; pelo contrário, o Talmud (vide Kidushim, capítulo 1) declara expressamente que “o pai que não ensina uma profissão ao filho cria-o para ser um vilão”.</div>
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<b><br /></b><br />
<b>Décima Primeira Pergunta: A lei dos judeus proíbe-os de praticarem a usura com seus irmãos? </b></div>
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Resposta: O Deuteronômio diz: “A teu irmão não emprestarás com juros, nem dinheiro, nem comida, nem qualquer coisa que se empresta com juros” [Deuteronômio 23:19]. A palavra hebraica neshekh tem sido impropriamente traduzida pela palavra usura; na língua hebraica, ela significa juros de qualquer espécie, e não juros de usura. Não pode então ser tomada no significado agora dado à palavra usura.</div>
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<b><br /></b><br />
<b>Décima Segunda Pergunta: Ela proíbe ou permite praticar usura com estrangeiros?</b> </div>
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Resposta: Vimos, na resposta à pergunta anterior, que a proibição da usura, considerada, como o mais baixe juro, era uma máxima de caridade e benevolência, e não um regulamento comercial. Sob esse ponto de vista, ela é igualmente condenada pela lei de Moisés e pelo Talmud: nós somos, de um modo geral, proibidos, sempre por motivo de caridade, a emprestar com juros a nossos concidadãos de diferentes crenças, bem como a nossos correligionários. O dispositivo da lei que permite cobrar juros do estrangeiro refere-se, evidentemente, apenas a nações em intercâmbio comercial conosco; de outro modo, haveria uma evidente contradição entre essa passagem e vinte outras das escrituras sagradas [Deuteronômio 1:16 e 10:18-19].<br />
Assim, a proibição se estendia ao estrangeiro que vivia em Israel; a Escritura Sagrada coloca-o sob a salvaguarda de Deus; ele é um hóspede sagrado, e Deus nos ordena tratá-lo como a viúva e como o órfão. Pode Moisés ser considerado o legislador do universo, por ele ter sido o legislador dos judeus? Haveria probabilidade de as leis que deu ao povo, que Deus confiara a seus cuidados, se tornarem leis gerais da humanidade? Não emprestarás a juros a teu irmão. Que garantia tinha ele de que, no intercâmbio que seria naturalmente estabelecido entre os judeus e as nações estrangeiras, estas renunciariam a costumes geralmente predominantes no comércio, e emprestariam aos judeus sem quaisquer juros? Estaria ele então obrigado a sacrificar os interesses de seu povo e empobrecer os judeus para enriquecer nações estrangeiras? Não é inteiramente absurdo repreendê-lo por ter posto uma restrição no preceito contido no Deuteronômio? Que legislador não teria considerado tal restrição como um princípio natural de reciprocidade? </div>
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Como é superior em simplicidade, generosidade, justiça e humanidade a lei de Moisés, nessa questão, em relação às dos gregos e dos romanos! Podemos encontrar, na história dos antigos israelitas, aquelas cenas escandalosas de rebelião provocadas pela dureza de credores para com seus devedores, aquelas frequentes abolições de dívidas para evitar que a multidão, empobrecida pelas extorsões dos emprestadores, seja levada ao desespero?</div>
<div style="text-align: left;">
A lei de Moisés e seus intérpretes têm distinguido, com louvável humanidade, os diferentes usos de dinheiro emprestado. É para sustentar uma família? Juros estão proibidos. É para empreender uma especulação comercial, pela qual o principal é arriscado? Juros são permitidos, mesmo entre judeus. Emprestem aos pobres, diz Moisés. Aqui o tributo de gratidão é a única espécie de juros permitida; a satisfação de obsequiar é a única recompensa do benefício conferido. O caso é diferente em relação a capitais empregados em comércio extensivo: lá, Moisés permite ao emprestador ficar com uma parcela dos lucros de quem pediu emprestado; e como o comércio era mal conhecido entre os israelitas, que eram exclusivamente dedicados a trabalhos agrícolas, e era realizado somente com estrangeiros, isto é, com nações vizinhas, era permitido compartilhar dos lucros com elas (...). </div>
<div style="text-align: left;">
É um ponto incontroverso, segundo o Talmud, que juros, mesmo entre israelitas, são legais em operações comerciais, em que o emprestador, correndo alguns dos riscos de quem tomou emprestado, se torna um participante dos seus lucros. Esta é a opinião de todos os doutores judeus. É evidente que opiniões pululando de absurdos e contrárias a todas as regras de moralidade social, embora apresentadas por um rabino, não podem ser imputadas à doutrina geral dos judeus, assim como noções semelhantes, se apresentadas por teólogos católicos, não poderiam ser atribuídas à doutrina evangélica. O mesmo se pode dizer da acusação geral contra os hebreus, de que têm uma inclinação natural para a usura: não se pode negar que é possível encontrar alguns deles, embora não tantos quanto geralmente se supõe, que seguem esse nefando tráfico condenado por sua religião. Mas se há alguns não muito escrupulosos sob esse aspecto, é justo acusar cem mil indivíduos do mesmo vício? Não seria qualificado como injustiça imputar o mesmo a todos os cristãos porque alguns deles são culpados de usura? </div>
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<br /></div>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-10697043694118313202012-06-06T17:51:00.000-04:002013-02-18T19:10:43.014-04:00Dez curiosidades sobre Elizabeth II<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://posttrib.suntimes.com/csp/cms/sites/dt.common.streams.StreamServer.cls?STREAMOID=RqiFx_OnJcPmPIqU0$efbc$daE2N3K4ZzOUsqbU5sYvjyc5TKpLC6$YlhBKPtpYwWCsjLu883Ygn4B49Lvm9bPe2QeMKQdVeZmXF$9l$4uCZ8QDXhaHEp3rvzXRJFdy0KqPHLoMevcTLo3h8xh70Y6N_U_CryOsw6FTOdKL_jpQ-&CONTENTTYPE=image/jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="http://posttrib.suntimes.com/csp/cms/sites/dt.common.streams.StreamServer.cls?STREAMOID=RqiFx_OnJcPmPIqU0$efbc$daE2N3K4ZzOUsqbU5sYvjyc5TKpLC6$YlhBKPtpYwWCsjLu883Ygn4B49Lvm9bPe2QeMKQdVeZmXF$9l$4uCZ8QDXhaHEp3rvzXRJFdy0KqPHLoMevcTLo3h8xh70Y6N_U_CryOsw6FTOdKL_jpQ-&CONTENTTYPE=image/jpeg" width="320" /></a></div>
<br /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rainha Elizabeth II durante a parada militar de seu aniversário em 1960 (<i>Associated Press</i>)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
De domingo até a última terça-feira, Londres encheu-se de alegria para comemorar os 60 anos de ascensão da rainha Elizabeth II ao trono do Reino Unido. Com a morte de seu pai, George VI, em 6 de fevereiro de 1952, Elizabeth se tornara monarca de 16 países.<br />
<br />
Embalado por este clima de celebração, preparei 10 curiosidades a respeito de Sua Majestade Elizabeth II, rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos Seus Outros Reinos e Territórios.<br />
<br />
<b></b><br />
<a name='more'></a><b>1- Ela não possui passaporte:</b><br />
Ao longo de 60 anos de reinado, Elizabeth II visitou mais de 110 países. Por mais que tenha sido o monarca mais viajado da História, a rainha nunca precisou usar um passaporte, isso porque os documentos no Reino Unido são emitidos em nome de “Sua Majestade Britânica”.<br />
<br />
<b>2- Possui duas datas de aniversário:</b><br />
A rainha Elizabeth II nasceu em 21 de abril de 1926, contudo cada país da <i>Comunidade das Nações </i>estabeleceu uma data fixa para comemorar o nascimento da monarca. No Reino Unido, por exemplo, celebra-se no primeiro, segundo ou terceiro sábado de junho, segundo tradição surgida em 1748.<br />
<br />
<b>3- Ela não leva o nome de seu marido:</b><br />
Inicialmente, a família de Elizabeth II se chamava <i>Saxe-Coburgo-Gota</i>, de ascedência alemã, contudo, preferiu-se mudar para <i>Windsor</i>, por causa do sentimento anti-germânico surgido após a 1ª Guerra Mundial. O mesmo acontece com seu marido, o príncipe Philip, que ao ficar noivo de Elizabeth, largou o sobrenome do pai, <i>Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg</i>, de ascendência teuto-dinamarquesa, e adotou<i> Mountbatten</i>. Contudo, com a coroação de Elizabeth II, o então primeiro-ministro Winston Churchill, através de instrumentos legais, conseguiu evitar que a própria rainha e seus descendentes levassem o nome <i>Mountbatten</i>. <br />
<br />
<b>4- Quando ascendeu ao trono havia na Inglaterra três rainhas:</b><br />
Com a morte do rei George VI e natural ascensão de Elizabeth II em 6 de fevereiro de 1952, havia no Reino Unido três rainhas: a própria monarca, sua mãe, rainha Elizabeth, conhecida popularmente como “rainha mãe”, e sua avó, rainha Mary, mãe de George VI e consorte do rei George V.<br />
<br />
<b>5- Um adolescente tentou matá-la:</b><br />
Durante a parada militar de seu aniversário, em 13 de junho de 1981, a rainha Elizabeth II quase foi atingida por seis disparos efetuados por Marcus Sarjeant, adolescente de 17 anos que idolatrava o assassinato do presidente americano John F. Kennedy e do ex-Beatle John Lennon. Sarjeant foi enquadrado na <i>Lei da Traição de 1842</i> e passou três anos preso numa prisão psiquiátrica. Após ter sido solto, mudou de nome e começou uma nova vida. <br />
<br />
<b>6- Já reinou em todos os continentes do mundo:</b><br />
Ao longo de 60 anos de reinado, o número de países que possuem a rainha Elizabeth II como chefe de Estado variou muito. Ao todo foram 32 países em todos os continentes, mas hoje só são 16, contudo, ela ainda reina em 14 Territórios britânicos ultramarinos e 3 Dependências da Coroa, espalhados pelo mundo inteiro.<br />
<br />
<b>7- Serviu no Exército britânico durante a 2ª Guerra Mundial:</b><br />
Em fevereiro de 1945, a então princesa Elizabeth serviu no Serviço Territorial Auxiliar como segundo-tenente. Lá ela dirigiu caminhões militares e também fez cursos de mecânica, sendo promovida a capitão cinco meses depois.<br />
<br />
<b>8- Não canta o hino do Reino Unido:</b><br />
Por ser uma canção que pede a Deus que abençoe o monarca, a rainha Elizabeth não canta <i>God Save the Queen</i>. Durante as cerimônias oficiais com a presença da rainha, é comum perceber que a única pessoa que não canta é ela, e que todos os presentes, civis e militares, se colocam observando fixamente a monarca.<br />
<br />
<b>9- Foi a primeira chefe de estado a ter e-mail:</b><br />
A rainha Elizabeth II mandou um e-mail pela primeira vez em 1976, quando participava de uma cerimônia no <i>Royal Signals and Radar Establishment</i>. A mensagem foi transmitida pela ARPANet, primeira rede operacional de computadores e precursor da Internet.<br />
<br />
<b>10- Acordou uma noite com um estranho no seu quarto:</b><br />
Certa noite em 1982, enquanto a rainha dormia em seu quarto no Palácio de Buckingham, ela se deparou com um intruso, Michael Fagan, na beira de sua cama. Impossibilitada de chamar a guarda real, Elizabeth conversou sete minutos com o estranho homem, ouvindo até os seus problemas pessoais. Finalmente um mordomo acordou e prendeu Fagan, que foi condenado a passar seis meses internado num hospital psiquiátrico.<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: 19px; line-height: 21px;"><br /></span></span></div>
Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-20652376920133842002012-05-25T11:24:00.000-04:002012-06-11T20:55:27.921-04:00A nova batalha de Hollande<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.hadopi.fr/sites/default/files/page/images/AN.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="http://www.hadopi.fr/sites/default/files/page/images/AN.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr style="font-family: inherit;"><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vista do plenário da Assembleia Nacional (<i>L'Assemblée nationale/DR</i>)</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
Depois da eleição presidencial que fez o socialista François Hollande vencedor, agora é a vez dos franceses renovarem os 577 assentos da Assembleia Nacional, câmara baixa do Parlamento.<br />
<br />
Segundo as regras eleitorais em vigor na França, o pleito deve ser realizado em dois turnos. Num primeiro momento, é eleito apenas o candidato com a maioria absoluta dos votos válidos do distrito eleitoral. Logo em seguida então realiza-se um segundo turno para o preenchimento das cadeiras remanescentes. As datas marcadas para os pleitos são 10 e 17 de junho, e serão um grande teste para o presidente Hollande.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a>Caso tudo dê certo, o bloco do PS (Partido Socialista) do presidente conseguirá maioria na Assembleia Nacional, mas caso aconteça o contrário, uma vitória então da direita liderada pela UMP (União por um Movimento Popular) do ex-presidente Nicolas Sarkozy, Hollande será obrigado a conviver com um premier direitista, assim como aconteceu com François Mitterrand em diversos momentos de sua presidência, o que na França leva o nome de cohabitation.<br />
<br />
Segundo pesquisa realizada entre os dias 18 e 19 de maio pelo instituto Ifop, com margem de erro de 3,3%, 34,5% votarão no bloco do PS, 32,5% votarão num candidato da aliança comandada pela UMP, 16% na Frente Nacional, 7% na Frente de Esquerda e 10% em outros partidos. <br />
<br />
Ao que tudo indica, nenhum bloco partidário conseguirá 50% dos assentos na câmara baixa, logo será essencial a formação de alianças com partidos menores para se alcançar mais da metade de apoio dentro da Assembleia Nacional.<br />
<br />
As previsões apostam na continuação de Jean-Marc Ayrault como premier, uma vez que é quase impossível a aliança da UMP com o partido de extrema-direita Frente Nacional. Em relação ao apoio ao PS, é bem provável, como aconteceu em pleitos anteriores, que todos os partidos de esquerda se unam para formarem uma base de apoio larga ao chefe de governo de Hollande.<br />
<br />
Com uma personalidade discreta, séria, amante do trabalho em equipe e com o trunfo de ser um germanófilo, Ayrault foi escolhido para chefe de governo principalmente para ser essencial nas negociações com Berlim sobre a amenização das medidas de austeridade na Europa.<br />
<br />
Enquanto as eleições não chegam, vale acompanhar a campanha e as sondagens, uma vez que o futuro da França depende substancialmente da eleição desses deputados, pois com isso se saberá que postura François Hollande adotará de fato contra a crise europeia.<br />
<h2 class="article-header-intro">
</h2>Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-33617336372742073702012-05-23T19:36:00.000-04:002013-02-22T17:18:57.599-04:00A busca por uma verdade<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://i0.ig.com/bancodeimagens/92/do/ea/92doeadwyuf374igklq2mxe27.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://i0.ig.com/bancodeimagens/92/do/ea/92doeadwyuf374igklq2mxe27.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;"> Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de Instalação da Comissão Nacional da Verdade, no Palácio do Planalto <i>(Roberto Stuckert Filho/PR) </i></span></td></tr>
</tbody></table>
Foram empossados no último dia 16, pela presidente Dilma Rousseff, os integrantes da Comissão Nacional da Verdade, criada a fim de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período entre 1946 e 1988, a qual se incluiu o Governo Militar (1964-1985).<br />
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Antes e após a cerimônia de posse, opiniões díspares dos membros quanto ao objetivo da comissão surgiram na mídia. A dúvida girou em torno do campo de abrangência das investigações, pois não se sabe se todas as violações aos direitos humanos serão averiguadas. Uns querem levar em conta somente as agressões feitas pelo Estado, desconsiderando assim os crimes da luta armada.<br />
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<a name='more'></a>Como bem se sabe, em 31 de março de 1964 um movimento cívico-militar derrubou o governo constitucional de João Goulart porque, segundo Helio Beltrão, “a ordem jurídica, o respeito às instituições estavam formalmente assegurado, mas substancialmente afetado e comprometido”.<br />
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Com promessas de moralização da política e de combate ao comunismo, o governo militar fez de tudo para evitar que houvesse a exemplo de Cuba, uma revolução socialista no Brasil, contudo, grupos guerrilheiros cresciam e estavam cada vez com mais força, logo, o governo militar decretou normas arbitrárias e perseguiu os membros da chamada “subversão”.<br />
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Nesse confronto, a qual se estendeu por todo o Regime Militar, porém foi intenso de 1967 a 1974, houve práticas criminosas em ambos os lados, porém a dimensão foi muito pequena se comparado com o conflito em outros países da América do Sul.<br />
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Em artigo publicado no jornal <i>Folha de São Paulo</i> em 05 de março de 2009, com o título "Ditadura à brasileira", o professor Marco Antonio Villa afirmou que não há nada mais falso do que tentar associar o regime militar brasileiro com as ditaduras do Cone Sul (Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai) pois o regime brasileiro "teve características próprias, independentes até da Guerra Fria".<br />
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Por exemplo, em números oficiais, existe uma disparidade enorme entre as ações repressivas do Estado brasileiro em relação aos vizinhos - no Chile foram 2.298 executados e 1.209 desaparecidos; na Argentina foram 3.300 mortos e 8.961 desaparecidos; no Paraguai houve 395 vítimas entre desaparecidos e executados; no Uruguai a lista de pessoas assassinadas e desaparecidas conta com 465 nomes.<br />
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Em números, foram vítimas do Regime Militar, segundo as esquerdas, 424 pessoas. É um número provavelmente inflado. Mortos comprovados são 293 - os outros constam como “desaparecidos”. Do outro lado, 120 pessoas morreram devido ações da esquerda armada, contudo esse número pode passar de 130, já que a autofagia dentro dos grupos guerrilheiros era muito grande.
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Averiguar todas as práticas ilegais cometidas é uma função da Comissão da Verdade, contudo o perfil de seus membros não colabora para um julgamento imparcial dos fatos. Dentre os sete membros, quatro tiveram ligação com a oposição ao Regime Militar - Cláudio Fonteles atuou em movimento estudantil ligado à esquerda católica na década de 1960; Maria Rita Kehl foi editora na década de 1970 de um jornal alternativo de contestação ao governo da época; e José Carlos Dias e Rosa Maria Cardoso foram advogados de presos políticos.<br />
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Se a comissão busca uma verdade histórica a respeito das graves violações de direitos humanos no Brasil, por que então o campo histórico de atuação não se estende ao Estado Novo também? Sabe-se que a ditadura de Getúlio Vargas foi tão cruel quanto a implantada em 1964 e que as práticas de tortura usadas durante o Governo Militar surgiram ainda na Era Vargas.<br />
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Outro erro na comissão é a ausência de representantes das Forças Armadas, já que possuem versões próprias e uma vez que é sabido que dentro da ala militar sempre houve personalidades identificadas com a defesa da democracia e com o respeito aos direitos humanos, como os generais Peri Constant Bevilacqua, Rodrigo Octávio Jordão Ramos e Reynaldo de Mello Almeida, e o almirante Júlio de Sá Bierrenbach.<br />
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Teme-se então que seja elaborada uma meia verdade por tal comissão, já que o esclarecimento das arbitrariedades cometidas pela oposição armada atingiria diretamente a presidente Dilma, a qual foi membro ativo da guerrilha urbana. Em contrapartida, investigar somente os crimes do Estado e não ouvir os militares seria um grande erro quando se procura conhecer a verdade.<br />
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Com ou sem este colegiado, nada mudará, uma vez que a Lei da Anistia de 1979 perdoou todos os crimes cometidos tanto pelo Estado quanto pela esquerda, e o Supremo Tribunal Federal a recepcionou por estar totalmente de acordo com ordem constitucional de 1988.<br />
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Contudo, com o fim da atuação da Comissão da Verdade, espero que tanto os crimes cometidos por militares, como os de Vladimir Herzog e Rubens Paiva, como os realizados pelos grupos de esquerda, como os de Mário Kozel Filho e Charles Chandler, tenham sido averiguados a fim de que a verdade e a memória sejam reveladas, pois, usando das palavras de Dwight Eisenhower sobre o Holocausto, “ao longo da história ainda se levantará um bastardo que afirmará que nada disso aconteceu”.Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-44114280424843945762012-03-15T00:28:00.005-04:002012-06-05T14:02:51.206-04:00De volta à ativa<a href="http://portalesp.com.br/geral/wordpress-content/uploads/2012/01/elei%C3%A7%C3%B5es-2012.jpg"><img alt="" border="0" src="http://portalesp.com.br/geral/wordpress-content/uploads/2012/01/elei%C3%A7%C3%B5es-2012.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 284px; margin: 0 10px 10px 0; width: 400px;" /></a><br />
Após perder um ano eleitoral cheio de surpresas e acontecimentos históricos, decidi retornar às atividades de meu blog neste ano de 2012, que por sinal é ano de eleições. No pleito de outubro serão escolhidos os novos prefeitos e vereadores de todos os 5.565 municípios do Brasil. <br />
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O que estará em cheque será a política de alianças do Governo Federal, que após sofrer inúmeras denúncias de corrupção, pena em deixar unida a base aliada. Também será a estreia de um novato: o PSD de Gilberto Kassab.<br />
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A nova sigla, que já foi definida como sendo "nem de direita, esquerda ou centro", custura alianças em todas as regiões do país em busca de uma só coisa, que é estar ao lado da situação, afinal, ao que tudo indica, o lema dentro do grupo de Kassab é: “se hay gobierno estoy dentro”.Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6147763439541098489.post-44108544438156943292009-12-24T16:31:00.004-04:002012-06-11T20:55:54.131-04:00O Brasil atual<a href="http://budrush.files.wordpress.com/2007/12/futuro_brasil.jpg"><img alt="" border="0" src="http://budrush.files.wordpress.com/2007/12/futuro_brasil.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: right; height: 387px; margin: 0 0 10px 10px; width: 401px;" /></a><br />
Inicialmente gostaria de saudar a todos que a partir de hoje irão ler o meu blog.<br />
Depois de tantos golpes e contragolpes, desde 1985, finalmente, o Brasil se estabilizou e passou a estar no caminho certo do desenvolvimento.<br />
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Mas como nada é perfeito, o Brasil também precisa avançar em muitos aspectos, entre eles na saúde, educação e política. Se quisermos ser o “país do futuro”, como muitos dizem, precisamos nos empenhar para que alcancemos a “Ordem e o Progresso”.<br />
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<a name='more'></a>Na saúde, sofremos com a precariedade do SUS (Sistema Único de Saúde), na educação, somos obrigados a pagar escolas privadas porque o Estado não liga para a educação, na verdade, nunca ligou. Já na política, a falta de educação de qualidade faz com que certas pessoas dependam totalmente dos políticos, que em troca de favores a eleitores, são eleitos sem qualquer condição eticamente de servir. <br />
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E todos se perguntam: até quando vamos ter que conviver com isso? E a resposta é simples e antiga: quando se investir em educação. Em qualquer país do mundo onde não se investe em educação, as características são iguais: miséria, desigualdade social e corrupção.<br />
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Mas como somos brasileiros e nunca desistimos, talvez, um dia possamos estar num Brasil novo, igualitário e democrático.Rafael Frankhttp://www.blogger.com/profile/04134191279199076974noreply@blogger.com0